FACTOS
UMA MONARQUIA.....DE COMBOIO
lançamento 1ª pedra em 1840 da ferrovia em Portugal
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Estação de Santa Apolónia 1865. |
introdução
O comboio foi o grande invento nos transportes terrestres de massas que há memoria . É um meio seguro, democrático, de grande amplitude, marca, aldeia, vila, cidade que tem linha férrea é distintiva de progresso, contextualizando o final do século XIX, qual aldeia, lugarejo, sede de concelho e distrito que não tinha linha férrea, muitos tiveram comboio pouco mais de 60 anos, pois entre a sua inauguração e extinção foi um pulo. Fruto de processos de êxodo rural, litoralidade, emigração, muitas terras pelo nosso pais fora, foram vitimas de facto do fecho do serviços ferroviário para transporte de pessoas e mercadorias.
Eis mais um mote para abominar a republica. Porque não aposta no comboio.
Este post é um pequena reflexão indicarei literatura, entradas de publicações. Nada que já se não soubesse.
Figuras incontornáveis para alem dos Monarcas D.Carlos, D.Manuel II, figuras como António Maria Fontes Pereira de Melo, Hintze Ribeiro, grandes impulsionadores das obras publicas em Portugal sobretudo no periodo da Monarquia Constitucional.
VARIAS FASES EM MONARQUIA e Transição republica :
Primeira fase da construção (1850-1860)
A monarquia constitucional percebeu desde cedo que tinha de acompanhar os sinais dos tempos, o seu ministro dos transporte à época, Fontes Pereira de Melo era um vissionario e aposta no comboio foi uma realidade, rasgar este grande veiculo de modernidade pelo pais era um imperativo.
Levar a modernidade a todos os recantos de Portugal era pois uma questão de estado, eram as «auto-estradas» do final do seculo XIX, acontecia aliás o mesmo em todos os reinos e estados europeus da época.
Neste período de 1856 construiu-se 50 km basicamente o troço de linha norte Lisboa ao carregado. Uma festa finalmente Sua Alteza real podia andar 50 kms em que a carruagem podia transitar. Foi uma viagem onde existiram problemas a locomotiva avariou, longas horas de espera, mas resolveu-se, e o comboio foi bem acolhido.
Segunda fase da construção (1870-1880)
Nesta fase a construção da linha férrea foi grande pois fruto de apoio e investimento privado pode-se construir 952 km, é que para além da linha, havia que desbravar orografia, construir pontes, viadutos, estações,superar a natureza e tornar o impossível, possivel só com este espírito foi possivel levar o comboio ao Minho, douro, a Espanha -Ramal de Caceres, ao Porto - construção da Estação monumental de São Bento, linha do Dão, ligar Pedrouços a Cascais. Construiu-se talvez o maior monumento em ferro, a Ponte D. Maria Pia, uma obra magnifica do Gabinete Gustavo Eiffel, Um marco ainda hoje da construção em Ferro.
Nestes ramais de linha estreita e larga construíram-se linhas em paisagens deslumbrantes, com rios de pano de fundo, montanhas rasgadas pelo comboio de cortar a respiração. Se os outros por esta altura desbravavam rocha para fazer canal do Panamá, Nós por cá colocamos o comboio em sítios impensáveis.
Foram tempos memoriais, gostaria se fosse possivel visitar na maquina do tempo estes acontecimentos. Momentos grandiosos, que também tiveram os seus quês, pois financiar tão grande empreendimento levou ruína de banqueiros, famílias, mas a obra ficou. Linha do Douro disso é exemplo.
Terceira fase da construção (1890-início da Grande Guerra Mundial)
Neste período até 1885 construiu-se 1529 km de ferrovia e depois disso até 1894 2353 km forma os momentos de grande implementação do comboio, todas as terras e suas gentes conseguiram ver o comboio a lá chegar, do Minho ao Algarve, ao interior do pais nas Beiras, Alentejo havia um ramal de via estreita, havia comboio de lês a lés, assim como no Ultramar português
Nesta altura o comboio é o meio por excelência, a exploração estava entregue aos privados, companhias de gestão privada , em sociedades que se vieram a revelar a longo prazo insustentáveis porque por esta altura o veiculo automóvel fazia já concorrência, os investimentos iniciais superaram largamente em alguns casos, o custos/beneficio, levando á falência de muitos banqueiros no Porto, a exploração não dava lucro suficiente , só mais tarde se cria monopólio do caminhos ferro de Portugal então a 01-01-1947 exploração única de uma empresa , de modo a colmatar a impossibilidade dos privados.
Em resumo o comboio foi a grande obra da Monarquia e quiçá também a sua grande perdição, porque permitiu fluxos migratórios, cosmopolitismo das usas gentes levou a que ideais republicanos se difundissem, a organização de uma classe - os ferroviários levou a que se forma-se um forte grupo de contestação á própria Monarquia. As deslocações mais rápidas também levavam as noticias e injustiças de um regime mais longe, o comboio levava as noticias, transportava mercadoria, o português já não era tão alienado. Este fluxo de pessoas para o bem e para mal, levada modernidade, levava nova mentalidade, novos horizontes e formas de organização. Mas sim o comboio foi o ex-libris da Monarquia, grande sôfrego de Reais do Erário Publico, do Tesouro como se dizia na altura. Mas construiu-se peças arquitectónicas únicas. belas. Com o comboio a esventrar o nosso pais, este não mais foi o mesmo, é um dó de alma ver linhas encerradas, material ao abandono, gentes sem o bem mais democrático de transporte a passar junto da sua terra, sim porque a estrada/automóvel não substituiu este meio . A Monarquia com este plano ferroviário contribuiu muito para progresso do Pais,
disse
sergio neves
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Fontes consultadas :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_do_caminho_de_ferro_em_Portugal
Dicionário Enciclopédico de Portugal Volume 1 ( entrada Fontismo )
Dicionário de Historia de Portugal Volume 2 ( Pereira de Melo, Antonio Jose Maria Fontes)